terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Feliz Natal e próspero Ano Novo


Feliz Natal! Que seus desejos (sejam eles espirituais, materiais, afetivos ou carnais) se realizem e que 2010 venha repleto de alegrias, auto-estima, crescimento, perspectivas...

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Poesia pela cidadania

Poemas aos Homens do nosso Tempo
de Hilda Hilst

Amada vida, minha morte demora.
Dizer que coisa ao homem,
Propor que viagem? Reis, ministros
E todos vós, políticos,
Que palavra além de ouro e treva
Fica em vossos ouvidos?
Além de vossa RAPACIDADE
O que sabeis
Da alma dos homens?
Ouro, conquista, lucro, logro
E os nossos ossos
E o sangue das gentes
E a vida dos homens
Entre os vossos dentes.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Estúpido rapaz

Rebeca do Mato:Rapaz, rapaz, rapaz
Estúpido rapaz,
Da mulher, mulher, mulher,
Deixa de pegar no pé.
A saber, saber, saber
Em que planeta irá você,
Com tão pouco troco no bolso,
Açúcar sugar nesse doce-de-coco.
(Rebeca do Mato e Maneco Tatit
cantando juntos cada uma sua fala)
Rebeca do Mato: Se você vem numa boa
Pode vir,
Também não tô à-toa.
Eu te boto no colo,
Te dou pão e mingau.
Mas se você vem de cacete,
Pode vir
Que eu vou de pedra e pau.
Maneco Tatit: Eu sei que é
Perder meu tempo
Agir assim;
É prolongar
Inimizade velha que dói.
Se a mulher
Deixar de
Confiar em mim
Eu vou parar
Onde não dá pra parar.

Belíssima letra de uma belíssima canção de Tom Zé...

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Crônica do Amor, por Arnaldo Jabor

Ninguém ama outra pessoa pelas qualidades que ela tem, caso contrário os honestos, simpáticos e não fumantes teriam uma fila de pretendentes batendo a porta.O amor não é chegado a fazer contas, não obedece à razão. O verdadeiro amor acontece por empatia, por magnetismo, por conjunção estelar.Ninguém ama outra pessoa porque ela é educada, veste-se bem e é fã do Caetano. Isso são só referenciais.Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento que provoca.Ama-se pelo tom de voz, pela maneira que os olhos piscam, pela fragilidade que se revela quando menos se espera.Você ama aquela petulante. Você escreveu dúzias de cartas que ela não respondeu, você deu flores que ela deixou a seco.Você gosta de rock e ela de chorinho, você gosta de praia e ela tem alergia a sol, você abomina Natal e ela detesta o Ano Novo, nem no ódio vocês combinam. Então?Então, que ela tem um jeito de sorrir que o deixa imobilizado, o beijo dela é mais viciante do que LSD, você adora brigar com ela e ela adora implicar com você. Isso tem nome.Você ama aquele cafajeste. Ele diz que vai e não liga, ele veste o primeiro trapo que encontra no armário. Ele não emplaca uma semana nos empregos, está sempre duro, e é meio galinha.. Ele não tem amenor vocação para príncipe encantado e ainda assim você não consegue despachá-lo.Quando a mão dele toca na sua nuca, você derrete feito manteiga. Ele toca gaita na boca, adora animais e escreve poemas. Por que você ama este cara?Não pergunte pra mim; você é inteligente. Lê livros, revistas, jornais. Gosta dos filmes dos irmãos Coen e do Robert Altman, mas sabe que uma boa comédia romântica também tem seu valor.Você tem bom humor, não pega no pé de ninguém e adora sexo. Com um currículo desse, criatura, por que está sem um amor?Ah, o amor, essa raposa. Quem dera o amor não fosse um sentimento, mas uma equação matemática: eu linda + você inteligente = dois apaixonados.Não funciona assim. Amar não requer conhecimento prévio nem consulta ao SPC. Ama-se justamente pelo que o Amor tem de indefinível.Honestos existem aos milhares, generosos têm às pencas, bons motoristas e bons pais de família, tá assim, ó!Mas ninguém consegue ser do jeito que o amor da sua vida é! Pense nisso. Pedir é a maneira mais eficaz de merecer. É a contingência maior de quem precisa.

domingo, 18 de outubro de 2009

O Grande Amor chega de Mansinho

Neste mundo contemporâneo em que vivemos praticamente fazemos tudo com tanta pressa que nos deparamos com uniões marcadas por ela e algumas etapas importantes para a construção de relacionamentos consistentes são queimadas.Infelizmente existem relações amorosas que terminam sem nem mesmo terem começado e muitas vezes devido à confusão que as pessoas fazem entre amor e paixão.O amor chega em nossa vida devagarzinho, não chega sem avisar, não vem pronto e tampouco cai do céu. Acredito que o amor é ensaiado para chegar e somos preparados desde a infância para recebê-lo sem grandes arrebatamentos e ansiedade.É diferente de paixão que nos entorpece, amedronta, não se explica e invade nossa alma repentinamente de maneira que sentimos aquele frio na barriga, a boca ressecada e o coração disparado só de pensar no parceiro. Este sentimento ardente termina tão rapidamente como chegou frente ao menor obstáculo.O relato dos apaixonados além de denunciar um desejo ardente e exagerado mostra ainda a perda da individualidade, a dificuldade de compartilhar sentimentos e estabelecer uma relação de companheirismo.Nos relacionamentos movidos pela paixão os parceiros são vistos como objetos existentes para dar prazer imediato.A paixão termina no exato momento que o prazer acaba.Quando nos referimos ao amor notamos a existência do desejo acompanhado de cumplicidade, amorosidade, companheirismo. O amor possui uma temporalidade mais longa, é permeado por respeito mútuo e reconhecimento dos limites do outro. Daí a importância da maturidade emocional conquistada ao longo da vida pois a mesma oferece condições da pessoa sair de si mesma e entrar na posição do companheiro. Compartilhar o amor que existe em você com um parceiro que lhe permita ser o mais autêntico e verdadeiro possível é um grande passo para conquistar uma vida a dois em harmonia...Imagino que muitos leitores estejam aflitos e ansiosos procurando pelo amor de suas vidas, não é mesmo?Realmente não existe receita mas posso afirmar que possuir uma auto-estima positiva, assumir quem você é e aprender a doar e receber amor, pois, estas são atitudes que abrem os caminhos para que o parceiro ideal venha ao seu encontro.Para finalizar convido você a " saborear" Mário Quintana:
"Se tu me amas,
Ama-me bem baixinho.
Não o grites de cima dos telhados,
Deixa em paz os passarinhos.
Deixa em paz a mim!
Se me queres, Enfim, ...T
em que ser bem devagarinho...Amada...Que a vida é breve...
E o amor... mais breve ainda."

Lilian Maria Nakhle Escritora /

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Concordo que:

"Pornografia é a sexualidade dos outros..."

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Woody Allen

"Sexo é a coisa mais divertida que eu já fiz sem que risse."

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Dos ficantes aos namoridos

Se você é deste século, já sabe que há duas tribos que definem o que é um relacionamento moderno.

Uma é a tribo dos ficantes. O ficante é o cara que te namora por duas horas numa festa, se não tiver se inscrito no campeonato “Quem pega mais numa única noite”, quando então ele será seu ficante por bem menos tempo — dois minutos — e irá à procura de outra para bater o próprio recorde. É natural que garotos e garotas queiram conhecer pessoas, ter uma história, um romance, uma ficada, duas ficadas, três ficadas, quatro ficadas... Esquece, não acho natural coisa nenhuma. Considero um desperdício de energia.

Pegar sete caras. Pegar nove “mina”. A gente está falando de quê, de catadores de lixo? Pegar, pega-se uma caneta, um táxi, uma gripe. Não pessoas. Pegue-e-leve, pegue-e-largue, pegueeuse, pegue-e-chute, pegue-e-conte-para-os-amigos.

Pegar, cá pra nós, é um verbo meio cafajeste. Em vez de pegar, poderíamos adotar algum outro verbo menos frio. Porque, quando duas bocas se unem, nada é assim tão frio, na maioria das vezes esse “não estou nem aí” é jogo de cena. Vão todos para a balada fingindo que deixaram o coração em casa, mas deixaram nada. Deixaram a personalidade em casa, isso sim.

No entanto, quem pode contra o avanço (???) dos costumes e contra a vulgarização do vocabulário? Falando nisso, a segunda tribo a que me referia é a dos namoridos, a palavra mais medonha que já inventaram. Trata-se de um homem híbrido, transgênico.

Em tese, ele vale mais do que um namorado e menos que um marido. Assim que a relação começa, juntam-se os trapos e parte-se para um casamento informal, sem papel passado, sem compromisso de estabilidade, sem planos de uma velhice compartilhada — namoridos não foram escolhidos para serem parceiros de artrite, reumatismo e pressão alta, era só o que faltava.

Pois então. A idéia é boa e prática. Só que o índice de príncipes e princesas virando sapo é alta, não se evita o tédio conjugal (comum a qualquer tipo de acasalamento sob o mesmo teto) e pula-se uma etapa quentíssima, a melhor que há.

Trata-se do namoro, alguns já ouviram falar. É quando cada um mora na sua casa e tem rotinas distintas e poucos horários para se encontrar, e esse pouco ganha a importância de uma celebração.

Namoro é quando não se tem certeza absoluta de nada, a cada dia um segredo é revelado, brotam informações novas de onde menos se espera. De manhã, um silêncio inquietante. À tarde, um mal-entendido. À noite, um torpedo reconciliador e uma declaração de amor.

Namoro é teste, é amostra, é ensaio, e por isso a dedicação é intensa, a sedução é ininterrupta, os minutos são contados, os meses são comemorados, a vontade de surpreender não cessa — e é a única relação que dá o devido espaço para a saudade, que é fermento e afrodisíaco. Depois de passar os dias se vendo só de vez em quando, viajar para um fim de semana juntos vira o céu na Terra: nunca uma sexta-feira nasce tão aguardada, nunca uma segunda-feira é enfrentada com tanta leveza.

Namoro é como o disco “Sgt. Peppers”, dos Beatles: parece antigo e, no entanto, não há nada mais novo e revolucionário. O poeta Carlos Drummond de Andrade também é de outro tempo e é para sempre. É ele quem encerra esta crônica, dando-nos uma ordem para a vida: “Cumpra sua obrigação de namorar, sob pena de viver apenas na aparência. De ser o seu cadáver itinerante".

Martha Medeiros matou a pau com esse texto!

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Os Amantes de Novembro

Os Amantes de Novembro

Ruas e ruas dos amantes
Sem um quarto para o amor
Amantes são sempre extravagantes
E ao frio também faz calor

Pobres amantes escorraçados
Dum tempo sem amor nenhum
Coitados tão engalfinhados
Que sendo dois parecem um

De pé imóveis transportados
Como uma estátua erguida num
Jardim votado ao abandono
De amor juncado e de outono.

Alexandre O'Neill, in 'No Reino da Dinamarca'

domingo, 4 de outubro de 2009

Hoje, versos de Bocage

"Mais doce é ver-te de meus ais vencida
Dar-me em teus brandos olhos desmaiados
Morte, morte de amor, melhor que a vida"

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

O Ramo de Flores do Museu, 1



Ó cinérea Princesa, as vossas flores
ficarão para sempre mais perfeitas,
já que o tempo extinguiu brilhos e cores;
já que o tempo extinguiu a habilidosa
mão que elevou, serenas e direitas,
a tulipa sucinta e a ardente rosa
Não há mais ilusão de outra presença
que o Amor, que inspirou graças tão finas
- que ninguém viu e em que ninguém mais pensa -
porque os homens e o mundo são de ruínas
E este ramo de pétalas franzinas,
leve, liberto da mortal sentença,
tinha, ó Princesa, fábulas divinas
em cada flor, sobre o nada suspensa

Cecília Meireles

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Não é bom tocar nos ídolos; o dourado pode sair nas nossas mãos" Flaubert

"O homem perfeito tem prazo de validade..."

Mas que merde! Eu só encontro os que já estão vencidos!

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Florbela espanca


Se tu viesses ver-me hoje à tardinha


Se tu viesses ver-me hoje à tardinha,

A essa hora dos mágicos cansaços,

Quando a noite de manso se avizinha,

E me prendesses toda nos teus barcos...


Quando me lembra: esse sabor que tinha

A tua boca... o eco dos teus passos...

O teu riso de fonte... os teus abraços...

Os teus beijos... a tua mão na minha...


Se tu viesses quando, linda e louca,

Traça as linhas dulcíssimas dum beijo

E é de seda vermelha e canta e ri


E é como um cravo ao sol a minha boca...

Quando os olhos se me cerram de desejo...

E os meus braços se estendem para ti...

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Rendas e Cetim


Hoje saí às compras, e comprei algo que há tempos estava com vontade de comprar: cinta-liga. Para compensar, comprei duas de uma vez: uma vermelha, e uma preta. Lindas, com fitas, renda, todas rococó. A meia 7/8 eu já tenho, sutien e calcinha para combinar também...So falta mesmo alguém que me inspire a usá-las logo, logo, e que combine realmente com elas... Tanto investimento não é para qualquer um usufruir não...

Hora de partir

Qual é a hora exata de partir? Difícil, muito difícil precisar esse "timing". Arriscaria dizer aqui que é quando o desconforto e uma sucessão de pequenas frustrações se sobrepõem ao bem-estar e à frequência do riso. Mas aí tem o coração no meio, atrapalhando tudo, atrasando as partidas, soprando esperanças de que amanhã tudo pode voltar a ser colorido e dizendo que as sintonias são assim mesmo intermitentes. Melhor não dar muito ouvidos a esse crédulo desvairado. A hora de partir é uma decisão, e decisões são tomadas com a cabeça, sem impulsos, sem pontos vulneráveis. Exigem que se pense, que se avalie, que se quantifique e, sobretudo, que se enxergue a realidade dos fatos. Não há nada mais concreto do que fatos. Adiar partidas para a hora do crepúsculo, para o momento em que os desejos começam a anoitecer ou a ser anoitecidos à nossa revelia é muito pior. É melhor sair enquanto emitimos alguma luz, enquanto pudermos, pelo menos, deixar na saída motivos para que sintam a nossa falta. Somos nós que determinamos o nosso próprio tamanho e o tamanho da nossa importância.
Sim, é doloroso sair de cena, se despedir de um espetáculo, de um sonho, de um laço ou de qualquer história que nos aqueça o coração. Mas mais doloroso é assistir ao ocaso dos sentimentos, é esperar por algum gesto ou alguma palavra que não vai acontecer ou reacontecer. Mais doloroso é chegar no "tanto faz". Mais doloroso é deixar que o tempo nos transforme, aos olhos do outro (ou vice-versa), em alguém comum, banal, qualquer. Não, isso não. Melhor sermos uma grande memória do que um pequeno fato que enfraquece e não mais consegue mover moinhos ou surpreender. Mas dói, e como dói... O único consolo é que, se a dor já for uma velha conhecida nossa, saberemos como lidar com ela até iniciarmos uma nova história (ou não).


( Desconheço o autor)

domingo, 27 de setembro de 2009

Poema "Para Ti"

Para Ti
Foi para ti que desfolhei a chuva
para ti soltei o perfume da terra
toquei no nada
e para ti foi tudo
Para ti criei todas as palavras
e todas me faltaram
no minuto em que talhei o sabor do sempre
Para ti dei voz às minhas mãos
abri os gomos do tempo assaltei o mundo
e pensei que tudo estava em nós
nesse doce engano de tudo sermos donos sem nada termos
simplesmente porque era de noite
e não dormíamos
eu descia em teu peito
para me procurar
e antes que a escuridão nos cingisse a cintura
ficávamos nos olhos
vivendo de um só amando
de uma só vida

Mia Couto, in "Raiz de Orvalho e Outros Poemas"

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Sexo casual, por Neruda

"No táxi nos esperava a moça da boite, a única que não nos abandonou em nosso infortúnio. Alvaro e eu a convidamos para saborear a sopa de cebolas do amanhecer no Les Halles. Compramos flores no mercado para ela, beijamo-la em reconhecimento por seu comportamento de boa samaritana e nos demos conta de que tinha certo charme. Não era bonita nem feia mas o nariz arrebitado de parisiense a reabilitava. Então a convidamos para o nosso misérrimo hotel. Não se fez de rogada em ir conosco.
Foi para o quarto de Alvaro. Caí rendido na cama mas logo senti que me sacudiam. Era Alvaro. Seu rosto de louco manso pareceu-me um tanto estranho.
- Está acontecendo uma coisa - disse. - Esta mulher tem algo excepcional, insólito, que não poderia te explicar. Tens que experimentá-la já.
Poucos minutos depois a desconhecida meteu-se sonolenta e indulgentemente em minha cama. Ao fazer o amor com ela, comprovei seu dom misterioso, algo indes-critível que brotava de suas profundezas, que se remontava à origem mesma do prazer, ao nascimento de uma onda, ao segredo genesíaco de Vênus. Alvaro tinha razão.
No dia seguinte, no café da manhã, Alvaro me chamou a parte e me preveniu em espanhol:
- Se não deixamos logo esta mulher nossa viagem vai ser um fracasso. Não naufragaríamos no mar mas no sacramento insondável do sexo.
Decidimos cumulá-la de pequenos presentes: flores, chocolates e a metade dos francos que nos restavam. Confessou-nos que não trabalhava no cabaré caucasiano, que o havia visitado na noite anterior pela primeira e única vez. Logo tomamos um táxi com ela. O chofer atravessava um bairro indefinido quando mandamos que parasse. Despedimo-nos com grandes beijos e a deixamos aí, desorientada mas sorridente.
Nunca mais a vimos."

Oração Celta

As mulheres de origem celta eram criadas tão livremente como os homens. A elas era dado o direito de escolherem seus parceiros, e nunca poderiam ser forçadas a uma relação que não queriam. Eram ensinadas a trabalharem para que pudessem garantir seu sustento, bem como eram excelentes amantes, donas de casa e mães.

1. Ama teu homem e o segue, mas somente se ambos representarem um para o outro o que a Deusa Mãe ensinou: Amor, companheirismo e amizade.

2. Jamais permita que algum homem a escravize. Você nasceu livre para amar, e não para ser escrava.

3. Jamais permita que o seu coração sofra em nome do amor. Amar é um ato de felicidade, por que sofrer? Jamais permita que seus olhos derramem lágrimas por alguém que nunca fará você sorrir.

4. Jamais permita que o uso de seu próprio corpo seja cerceado. O corpo é a moradia do espírito - por que mantê-lo aprisionado?

5. Jamais se permita ficar horas esperando por alguém que nunca virá, mesmo tendo prometido.

6. Jamais permita que o seu nome seja pronunciado em vão por um homem cujo nome você sequer sabe.

7. Jamais permita que o seu tempo seja desperdiçado com alguém que nunca terá tempo para você.

8. Jamais permita ouvir gritos em seus ouvidos. O Amor é o único que pode falar mais alto.

9. Jamais permita que paixões desenfreadas transportem você de um mundo real para outro que nunca existiu.

10. Jamais permita que outros sonhos se misturem aos seus, fazendo-os virar um grande pesadelo.

11. Jamais acredite que alguém possa voltar quando nunca esteve presente.

12. Jamais permita que seu útero gere um filho que nunca terá um pai.

13. Jamais permita viver na dependência de um homem como se você tivesse nascido inválida.

14. Jamais se ponha linda e maravilhosa a fim de esperar por um homem que não tenha olhos para admirá-la.

15. Jamais permita que seus pés caminhem em direção a um homem que só vive fugindo de você.

16. Jamais permita que a dor, a tristeza, a solidão, o ódio, o ressentimento, o ciúme, o remorso e tudo aquilo que possa tirar o brilho dos seus olhos a dominem, fazendo arrefecer a força que existe dentro de você.

17. E, sobretudo, jamais permita que você mesma perca a dignidade de ser
MULHER.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Tratado do amor menor

Cansei de sua covardia. Até então, eu te achava homem suficiente para me fazer sua. Mas agora, te vejo fugindo feito ratinho para trás de muros pouco seguros. Uma brisa os derruba, mas não vou fazer isso por você: algum trabalho você há de ter. Não vou me desculpar por ser assim, mulher inteira, mulher altiva, mulher que faz, mulher que elege o que recebe. Não mudarei para ser o que não sou só para você estar mais confortável em sua mediocridade. Você que se eleve para me merecer. Não suplicarei... Acho que até já começo a te esquecer: você vai ficando cada vez menor no meu horizonte...
Ainda lhe deixo um beijo, para sua saudade eterna de mim.
Amelie

Quem canta seus males espanta

Entro em transe se canto, desgraça vira encanto
Meu coração bate tanto, sinto tremores no corpo
Direto e reto, suando, gemendo, resfolegando
Eu me transformo em outras, determinados momentos
Cubro com as mãos meu rosto, sozinha no apartamento
Às vezes eu choro tanto, já logo quando levanto
Tem dias fico com medo, invoco tudo que é santo
E clamo em italiano ó Dio come ti amo
Eu me transmuto em outras, determinados momentos
Cubro com as mãos meu rosto, sozinha no apartamento
Vivo voando, voando, não passo de louca mansa
Cheia de tesão por dentro, se rola na face o pranto
Deixo que role e pronto, meus males eu mesma espanto
Eu me transbordo em outras, determinados momentos
Cubro com as mãos meu rosto, sozinha no apartamento
É pelos palcos que vivo, seguindo o meu destino
É tudo desde menina, é muito mais do que isso
É bem maior que aquilo , sereia eis minha sina
Eu me descubro em outras, determinados momentos
Cubro com as mãos meu rosto, sozinha no apartamento
Entro em transe se canto às vezes eu choro tanto
Vivo voando voando é pelos palcos que vivo

Bela descrição sobre nós, mulheres, por Itamar Assumpção.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Sobre Cafajestes

Isaias Camanducaia esclarece sobre o cafajeste moderno:

(...)O verdadeiro Cafajeste Moderno não faz um único tipo, mas sim TODOS OS TIPOS.Ele pode ser qualquer coisa, exatamente qualquer coisa, desde que isso implique em uma transa. Pode ser machão, pode ser mais feminino, pode até fingir que é mais velho ou mais novo. Tanto faz. O importante, mesmo, é o sexo.O Cafajeste Moderno é amigo, ou inimigo (nos casos em que a briga gera uma tensão sexual), é amante das artes, é alternativo ou segue modinhas. Ele não liga. Para efeito de conquista e transa, ele se adapta ao meio. E com maestria.Enquanto um amador finge que gosta de bossa nova só para agradar à moça, o Cafajeste Moderno não somente se transforma num amante do ritmo, com também aparece com violão debaixo do braço e pelo menos umas vinte canções decoradas.É... Nós somos profissionais.A grande falha de caráter do cafajeste moderno é que ele gosta de mulher ao ponto de não se contentar com uma. Nem com duas. Ok, nem com três ou quatro. E isso não é algo que muitas aceitam, de modo que é preciso, vez por outra, fazer as coisas de forma não exatamente explícita.Como já dito na introdução, ele não é como o Antigo Cafajeste, que simplesmente odiava mulher (Freud explica...). O Cafajeste Moderno as adora e é realmente amigo; além de conversar muito bem.Ele é esperto que, quando desmascarado, não perde tempo com negativas idiotas. Simplesmente congratula a mulher pela perspicácia, assume que tudo é verdade, mas não desiste. E, em muitos casos, tal "sinceridade" acaba dando bons resultados.É difícil encontrar conceitos para explicar, de forma sintética, o que é o Cafajeste Moderno. Mas, a essa altura, é provável que todos os leitores, homens ou mulheres, já saibam muito bem de que tipo estamos falando.

Aviso da lua que menstrua


Moço, cuidado com ela!
Há que se ter cautela com esta gente que menstrua...
Imagine uma cachoeira às avessas: cada ato que faz, o corpo confessa.
Cuidado, moço às vezes parece erva, parece hera cuidado com essa gente que gera essa gente que se metamorfoseia metade legível, metade sereia.
Barriga cresce, explode humanidades e ainda volta pro lugar que é o mesmo lugar mas é outro lugar, aí é que está: cada palavra dita, antes de dizer, homem, reflita..
Sua boca maldita não sabe que cada palavra é ingrediente que vai cair no mesmo planeta panela.
Cuidado com cada letra que manda pra ela!
Tá acostumada a viver por dentro, transforma fato em elemento a tudo refoga, ferve, frita ainda sangra tudo no próximo mês.
Cuidado moço, quando cê pensa que escapou é que chegou a sua vez!
Porque sou muito sua amiga é que tô falando na "vera" conheço cada uma, além de ser uma delas.
Você que saiu da fresta dela delicada força quando voltar a ela.
Não vá sem ser convidado ou sem os devidos cortejos..
Às vezes pela ponte de um beijo já se alcança a "cidade secreta" a Atlântida perdida.
Outras vezes várias metidas e mais se afasta dela.
Cuidado, moço, por você ter uma cobra entre as pernas, cai na condição de ser displicente diante da própria serpente
Ela é uma cobra de avental
Não despreze a meditação doméstica
É da poeira do cotidiano que a mulher extrai filosofando cozinhando, costurando e você chega com a mão no bolso julgando a arte do almoço: Eca!...
Você que não sabe onde está sua cueca? Ah, meu cão desejado tão preocupado em rosnar, ladrar e latir então esquece de morder devagar esquece de saber curtir, dividir.
E aí quando quer agredir chama de vaca e galinha.
São duas dignas vizinhas do mundo daqui!
O que você tem pra falar de vaca? O que você tem eu vou dizer e não se queixe: VACA é sua mãe.
De leite. Vaca e galinha... ora, não ofende.
Enaltece, elogia: comparando rainha com rainha óvulo, ovo e leite pensando que está agredindo que tá falando palavrão imundo.
Tá, não, homem.
Tá citando o princípio do mundo!

Elisa Lucinda

terça-feira, 22 de setembro de 2009

O Leão apaixonado - por La Fontaine

A marquesa de Sévigné (La Fontaine, nesta fábula, faz uma homenagem à beleza da marquesa de Sévigné, Marie de Rabutinchantal, escritora francesa cujas cartas são modelo de gênero epistolar) era de uma beleza rara. E estava tão acostumada a ser cortejada, que o fato de até um leão apaixonar-se por ela não era de estranhar.
No tempo em que os animais falavam, era comum que eles ambicionassem fazer parte do convívio humano. Afinal, tal qual os humanos, eles também tinham inteligência, força, coragem e até se comunicavam usando o mesmo código dos homens.
Foi nessa época que o leão apaixonou-se pela bela senhorita Sévigné e, sem demora, pediu-a em casamento.
O pai da jovem assustou-se. Ele queria para a filha um marido um pouco menos terrível, mas temia que uma recusa pudesse apressar um casamento clandestino. Com sua experiência, ele sabia que o fruto proibido tem sempre um paladar melhor.
Resolveu então aceitar a proposta do leão e disse a ele:
- Agrada-me a idéia de tê-lo como genro, mas preocupa-me o fato de que você machucará o corpo delicado de minha filha com suas garras, e, ao beijá-la, os seus dentes impedirão que ela lhe corresponda com prazer.
E o leão apaixonado permitiu que lhe cortassem as garras e lhe lixassem os dentes.
Sem garras e sem dentes, sua fortaleza foi destruída e um bando de cães o atacou, sem que ele conseguisse se defender.
Moral: Ah! A paixão! Feliz daquele que escapa dos seus ardis!

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Um poema de Manuel Bandeira

Teu corpo claro e perfeito,
Teu corpo de maravilha,
Quero possuí-lo no leito
estreito da redondilha...

Teu corpo é tudo o que cheira...
Rosa...flor de laranjeira...
Teu corpo, branco e macio,
ë como um véu de noivado...

Teu corpo é dourado...
Rosal queimado do estio,
Desfalecido em perfume


Teu corpo é chama e flameja
Como à tarde os horizontes...
E puro como nas fontes
A água clara que cereja,

Que em cantigas se derrama...
Volúpia da água e da chama...
A todo o momento o vejo...
Teu corpo...a única ilha

No oceano do meu desejo...
Teu corpo é tudo o que brilha,
Teu corpo é tudo o que cheira...
Rosa, flor de laranjeira...

Eros e Psiquê



Um dos Anjos mais conhecidos entre as lendas da humanidade é Eros ou Cupido. Algumas vezes representado por uma criança alada, outras por um rapaz. Mas a sua representação maior está no seu simbolismo. E a Eros está ligada Psiquê (a Alma), que em sua lenda nos traz a imagem da união do amor e nossa alma.
Psiquê era umas das três filhas de um rei, todas belíssimas e capazes de despertar tanta admiração que muitos vinham de longe apenas para vê-las. Com todo este assédio, logo as duas irmãs de Psiquê se casaram.
Ela, no entanto, sendo ainda mais bela que as irmãs, além de extremamente graciosa, não conseguia um marido para si, pois todos temiam tamanha beleza. Desorientados, os pais de Psiquê buscaram ajuda através dos oráculos, que os instruiu a vestirem Psiquê com as roupas destinadas a seu casamento e deixá-la no alto de um rochedo, onde um monstro horrível viria buscá-la.
Mesmo sentindo-se pesarosos pelo destino da filha, seus pais seguiram as intrusões recebidas. Assim que a deixaram no alto de uma montanha, um vento muito forte começou a soprar e a carregou pelo ares com delicadeza e a depositou no fundo de um vale.
Exausta, Psiquê adormeceu. Quando acordou, se viu num maravilhoso castelo de ouro e mármore. Maravilhada com a visão, percebeu que ali tudo era mágico... as portas se abriam para ela, vozes sussurravam sobre tudo o que ela precisava saber.
Quando chegou a noite, deitada em seus aposentos, percebeu ao seu lado a presença de alguém que só poderia ser o seu esposo predestinado pelo oráculo. Ele a advertiu de que lhe seria o melhor dos maridos, mas que elas jamais poderia vê-lo, pois isso significaria perdê-lo para sempre.
Psiquê concordou. E assim foram seus dias, ela tinha tudo que desejava, era feliz, muito feliz, porque seu marido lhe trazia uma sensação do mais profundo amor e lhe era extremamente carinhoso.
Com o passar do tempo, porém, ela começou a sentir saudades de seus pais e pediu permissão ao marido para ir visitá-los. Ele relutou, os oráculos advertiam de que esta viagem traria péssimas conseqüências, mas ela implorou, suplicou... até que ele cedeu.
E da mesma forma que a havia trazido para o palácio, levou-a à casa de seus pais. Psiquê foi recebida com muita alegria e levou muitos presentes para todos. Mas suas irmãs ao vê-la tão bem, se encheram de inveja e começaram a crivá-la de perguntas a respeito de seu marido.
Ao saberem que até então ela nunca o tinha visto, convenceram-na de fazê-lo; evidentemente que as intenções delas eram apenas de prejudicar Psiquê, já que ela havia feito uma promessa a ele.
Ao voltar para sua casa, a curiosidade tomou conta de seu coração. Tão logo veio a noite, ela esperou que ele adormecesse e assim acendeu uma vela para poder vê-lo.
No entanto, ao se deparar com tão linda figura, ela se perdeu em sonhos e ficou ali, embevecida, admirando-o. E esqueceu-se da vela que tinha nas mãos. Um pingo de cera caiu sobre o peito de Eros, seu marido oculto, fazendo-o acordar com a dor.
Sentido com a quebra da promessa da esposa, partiu, fazendo cumprir a sentença do oráculo. Abandonada por Eros, o Amor, sentindo-se só e infeliz, Psiquê, a Alma, passou a vagar pelo mundo.
Tanto sofreu e penas pagou, que deixou-se por fim entregar-se a morte, e caiu num profundo sono. Eros, que também sofria com sua ausência, não mais suportando ver a esposa passar por tanta dor, implorou a Zeus, o deus dos deuses, que tivesse compaixão deles.
E com a permissão deste, Eros tirou-a do sono eterno com uma de suas flechas e uniu-se a ela, um deus e uma mortal, no Monte Olimpo. Depois deste casamento, Eros e Psiquê, ou seja, o Amor e a Alma, permaneceram juntos por toda a eternidade.

Podemos tirar algumas lições dessa narrativa mitológica, caras amigas. 
Logo vemos, que nós, mulheres, somos a alma do relacionamento, mas não deixemos que a inveja direcione-nos a algo que nos possa separar do amor. Continuemos porém com a coragem de "ver" o que precisamos. E como diz nossa amiga Amelie, não nos percamos em um sono eterno mas despertemos para dentro e fora de nós.

domingo, 20 de setembro de 2009

Camille Claudel




Camille Claudel envolveu-se de corpo, alma e mente com Rodin, passando de sua aprendiz à amante. Com o fim do romance, enlouqueceu, destruiu grande parte de suas obras e foi internada num manicômio por anos, até falecer...


Podemos ser como Camille na criação, na intensidade, na loucura carnal...Mas quando uma paixão se vai, não vamos ser mais como ela ao perder a razão e destruir as boas obras. Se tiver que jogar algo no Rio Sena, que sejam as lembranças que não lhe faz bem...Ou melhor, não jogue nada fora no rio não, caminhe pelas margens e fique atenta aos franceses que também andam por lá...Ulalá...

Texto de Martha Medeiros - Para os que não sabem o que fazer...

Pode invadir ou chegar com delicadeza, mas não tão devagar que me faça dormir. Não grite comigo, tenho o péssimo hábito de revidar. Acordo pela manhã com ótimo humor mas ... permita que eu escove os dentes primeiro. Toque muito em mim, principalmente nos cabelos e minta sobre minha nocauteante beleza. Tenho vida própria, me faça sentir saudades, conte algumas coisas que me façam rir, mas não conte piadas e nem seja preconceituoso, não perca tempo, cultivando este tipo de herança de seus pais. Viaje antes de me conhecer, sofra antes de mim para reconhecer-me um porto, um albergue da juventude. Eu saio em conta, você não gastará muito comigo. Acredite nas verdades que digo e também nas mentiras, elas serão raras e sempre por uma boa causa. Respeite meu choro, me deixe sózinha, só volte quando eu chamar e, não me obedeça sempre que eu também gosto de ser contrariada. ( Então fique comigo quando eu chorar, combinado?). Seja mais forte que eu e menos altruísta! Não se vista tão bem... gosto de camisa para fora da calça, gosto de braços, gosto de pernas e muito de pescoço. Reverenciarei tudo em você que estiver a meu gosto: boca, cabelos, os pelos do peito e um joelho esfolado, você tem que se esfolar as vezes, mesmo na sua idade. Leia, escolha seus próprios livros, releia-os. Odeie a vida doméstica e os agitos noturnos. Seja um pouco caseiro e um pouco da vida, não de boate que isto é coisa de gente triste. Não seja escravo da televisão, nem xiita contra. Nem escravo meu, nem filho meu, nem meu pai. Escolha um papel para você que ainda não tenha sido preenchido e o invente muitas vezes.

Me enlouqueça uma vez por mês mas, me faça uma louca boa, uma louca que ache graça em tudo que rime com louca: loba, boba, rouca, boca ... Goste de música e de sexo. goste de um esporte não muito banal. Não invente de querer muitos filhos, me carregar pra a missa, apresentar sua familia... isso a gente vê depois ... se calhar ... Deixa eu dirigir o seu carro, que você adora. Quero ver você nervoso, inquieto, olhe para outras mulheres, tenha amigos e digam muitas bobagens juntos. Não me conte seus segredos ... me faça massagem nas costas. Não fume, beba, chore, eleja algumas contravenções. Me rapte! Se nada disso funcionar ... experimente me amar!

Carpe Diem

Colha seus botões de rosa enquanto podes
O nome desse blog remete a um filme famoso, que difundiu um belo aforismo: Carpe Diem! Poucos sabem que essa frase vem de um lindo poema de Horácio, escrito em latim, que transcrevo abaixo, seguido da tradução:

"Carpe diem quam minimum credula postero
Tu ne quaesieris, scire nefas, quem mihi, quem tibi
finem di dederint, Leuconoe, nec Babylonios
temptaris numeros. ut melius, quidquid erit, pati.
seu pluris hiemes seu tribuit Iuppiter ultimam,
quae nunc oppositis debilitat pumicibus mare
Tyrrhenum: sapias, vina liques et spatio brevi
spem longam reseces. dum loquimur, fugerit invida
aetas: carpe diem quam minimum credula postero."


"Colhe o dia, confia o mínimo no amanhã
Não perguntes, saber é proibido, o fim que os deuses
darão a mim ou a você, Leuconoe, com os adivinhos da Babilônia
não brinque. É melhor apenas lidar com o que se cruza no seu caminho
Se muitos invernos Júpiter te dará ou se este é o último,
que agora bate nas rochas da praia com as ondas do mar
Tirreno: seja sábio, beba o seu vinho e para o curto prazo
reescale as suas esperanças. Mesmo enquanto falamos, o tempo ciumento
está fugindo de nós. Colhe o dia, confia o mínimo no amanhã
."

É isso: colhamos cada dia, aproveitemos a vida, não vamos dispensar nosso tempo com o que não vale a pena e, assim, nao ter medo do amanhã. Como diz o poeta inglês Robert Herrick: "colha seus botões de rosa enquanto podes".




sábado, 19 de setembro de 2009

A tua boca


A tua boca me dá água na boca
Ai que vontade de grudar uma na outra
E sugar bem devagar,
gota por gota
Beija-flor beijando a flor
ou borboleta
A tua boca me dá água na boca
Que vontade de rasgar a nossa roupa
Vamos pra qualquer lugar,
praquela gruta
Pra qualquer quarto de hotel
praquela moita
A tua boca me dá água na boca
Que vontade de gritar, é uma bomba
Acho que vai rebentar, desgraça pouca
Azar eu vou me matar
na sua boca
Azar eu vou me matar na sua boca